Sinto o gosto do sangue do ódio
Minha boca trêmula
Cada palavra, uma "cuspida de marimbondo"
Cada pensar, uma "morte".
Eu vivi uma ilusão
Mantive um conceito de você
Conseguimos suportar um ao outro
Mas você esqueceu que havia NÓS.
Por longo tempo fiquei lutando
A navegar contra a maré
Braçadas largas, incessantes
Num infindo frenesi, desnecessário.
Você alimentou um sentimento
Depositei toda minha carência
E, em contrapartida, simplesmente ignorou
Pior, abusou da minha entrega.
Da sua pessoa, não quero nem o mau exemplo
Minha razão falou mais alto
Nem cedo, nem tarde, no momento certo
E você não pode mensurar isso.
Você não sabe o valor de um amigo
Nem o de uma pessoa
Envolveu-se por interesses
E o meu, agora, é não saber quem você é.
Perdura, em mim, outro pensar
O de lhe odiar, sentir raiva
Não porque ainda faça parte de mim
Mas por saber o quão inocente eu me permiti ser.
Não posso mais, não quero mais
Esbravejei por uma longa noite
Perdi um sono
E ganhei minha liberdade.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)