quarta-feira, 19 de junho de 2013

O que não tem remédio, remediado está

Preparem os túmulos!
O número de suicídios aumentará exponencialmente.
Quanta ignorância...

As facetas da sexualidade versus as concepções religiosas é uma batalha que perdura há alguns anos (poucos, né? Risos). Claro, são temas, assim como outros, que estão intimamente ligados às opiniões. E, retirando-se da sociedade aqueles sem a sua bem formulada, cada um tem uma. Ou pelo menos deveria ter.

Agora, para complementar esse embate, nosso "caríssimo" Presidente do Conselho de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, propôs uma lei, cujo projeto foi aprovado. A chamada 'cura gay', que vem com a ideia de lidar essa condição sexual como uma doença, só coloca nosso país numa situação que é, na falta de uma palavra que defina melhor, lamentável.

Claro, é de se admirar que alguém que esteja tão preocupado com o bem estar das pessoas, propusesse solução para um "problema" no mesmo patamar de ser negro ou branco, homem ou mulher, alto ou baixo, entre outras classificações humanas. Podem perguntar para qualquer um que seja parte dessa condição (não coloco orientação nesse momento para não encarar como uma escolha de rumos, direcionada pelo meio em que se vive ou por pessoas com influencia, pois, a meu ver, por mais que isso seja construído ao longo dos anos, ninguém se torna homossexual. Apenas aprende a se conhecer melhor.) se ela acredita que foi persuadida a ser alvo de chacota, de piadinhas preconceituosas, de sofrimento e dor por escolha própria, seja no âmbito familiar, da escola, de trabalho ou afins.

Faz-me rir essa nova metodologia, curar o incurável, pois o recobramento da sanidade só se dá a partir do momento em que a pessoa está fora do seu estado normal da saúde. Mesmo com a origem latina desse termo, cujo significado seria dor (essa sim pode estar ligada à condição homossexual), essa dor provém não exatamente pelo fato de se ser gay, e sim simplesmente por conta da repressão dessa sociedade que visa diminuir pessoas sem propósito positivo. Ou seja, que tal propormos uma cura para a ignorância? Quem sabe se esses detentores da verdade suprema não retirariam suas vendas para o mundo mais sensato, justo, onde cada um pudesse preocupar com sua vida apenas e deixar a do coleguinha em paz? Quem sabe...

Para quem gosta de citar a Bíblia, usá-la-ei a meu favor. Em Levítico 18:22, "Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é...". Digam-me, se a pessoa se interessa por alguém do mesmo sexo, obviamente não a enxerga ou faz uso dela como se fosse do outro. Ou estou equivocado? Se existem aquelas que, por ventura, querem/precisam aparentar de maneira diferente, isso está vinculado à identidade de gênero. E pronto. Já em Mateus 7, extraio os versículos de 1 a 5:
"Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão."
Porque é fácil sentar no próprio rabo para poder falar sobre o dos outros, não é? Volto a dizer, as pessoas estão muito mais preocupadas em tomar conta da vida alheia do que se olharem, refletirem as próprias atitudes e agirem de maneira coerente a que julgam certa para os outros. Todos fazemos isso, não serei hipócrita em dizer que nunca opinei, critiquei, comentei ou pensei sobre as atitudes de outrem, mas há uma grande diferença em falar de maneira construtiva e colocar palavras apenas para atacar e se mostrar superior. O problema é que o bom senso está em desuso, fazem pouco caso com ele. Pobre coitado, fica largado aos quatro ventos, implorando para ser solicitado. Em vão! E, ainda no Livro Sagrado, em Romanos 12:10, temos: "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros". Amar, Amor. Falta-nos bastante. Como já vi várias vezes, amamos as coisas e usamos as pessoas. Por que não nos amarmos mais?

Essa psicologia que será usada para curar é a mesma alienação imposta em algumas igrejas? Fazer com que as pessoas entrem em conflito consigo mesmas, por acreditarem numa voz que não é a própria? Se o Brasil já não consegue garantir verba para vários equipamentos, podem preparar para a superlotação de sanatórios e sobrecarga dos cemitérios. Pois é assim que pretendem acabar com a tal doença supracitada. Não é acabar com ela, é acabar com sujeito (ou sujeita, para as meninas. Risos). E digo no sentido literal da palavra.

Ser ignorante não é não saber, é não querer enxergar um palmo além do nariz.
E tenho dito!
Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
Romanos 12:10
Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
Romanos 12:10
Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
Romanos 12:10
Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
Romanos 12:10

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Sem palavras

Vejo muitos compartilharem da filosofia que vida de solteiro é o que há de melhor.
Tudo bem, tem lá suas vantagens. Não ter que dar satisfação, vidaloka, baladas, pegação. Há os que dizem até que o sexo descompromissado é mais caliente, a aventura e a tensão colaboram para o tesão aflorar mais ainda.

Agora, eu digo que a cumplicidade de um relacionamento estável (amistoso, afetivo, familiar, profissional...) é maravilhosamente confortante. Todo e qualquer envolvimento requer uma série de regrinhas de boa convivência. Só que isso vem com naturalidade, principalmente através de diálogos. Aqueles que esclarecem, não deixam situações mal resolvidas virarem uma bola de neve devastadora. Um descuido é mais que necessário para a fortaleza ceder e uma avalanche ruir essa estabilidade.

Ontem foi o Dia dos Desesperados, digo, Dia dos Namorados. As ruas pareciam mais iluminadas; os casais, mais apaixonados; o clima, mais aconchegante; o amor, maior que o tradicional. Sim, é um dia especial, pela data especificada e enraizada na cultura. Acontece que muitos esquecem que uma terça à tarde é ótima para mandar uma mensagem dizendo "Saudades de você". Ou que preparar um Caça ao Tesouro para seu (sua) namorado (a), depois do expediente dele (a), pode ser constrangedor ou pode ser a melhor surpresa, num dia de trabalho super estressante. Deixar um bilhetinho com um trecho de música em cima da mesa, para a pessoa ver, pode ser brega, mas pode ser muito romântico (eu já fiz esse... Ou melhor, esses. Risos).

Ah, tem uma coisa no Namorar que me deixa extasiado: A conversa do olhar... Saber e sentir a pessoa sem ao menos expressar uma palavra sequer. Outro dia, meu Amor não estava lá num bom dia. Ao chegar lá no cafofo, deitou-se em meu peito e confortar-lhe me confortou. Pediu-me desculpas pela cara de b**da, no dia seguinte. Só que não precisava, estávamos ali, juntos, trocando energia (não, não estávamos fazendo tchemps), sabendo das necessidades um do outro. Essa é a tal cumplicidade que tento falar, relatar...

Não precisa exatamente de um dia comemorativo. Pode ser usado para ressaltar a importância da pessoa ao seu lado, não o lado comercial da coisa... Créditos ao meu Pitelzão, que amo mais que ontem e menos que amanhã! Feliz Dia para todos os que namoram e comemoram também nos outros dias do ano.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Coisas de casal

Dia dos namorados chegando...
Vejo muitas piadinhas de "Alugo-me", comemoração de solteiros e afins.
Enfim, em um mundo onde as pessoas estão implorando por relacionamentos que durem mais que uma semana, acho muito incoerente essas postagens nas redes sociais. Só me resta concluir que elas mentem. Mentem para os outros ou, pior, mentem para si mesmo.

Quem não quer dormir de conchinha num frio desse? Quem não gostaria de ter alguém com quem contar nas horas difíceis? Ou ainda, dividir conquistas e alegrias? Alguém para mostrar o "Eu te amo" de outras maneiras não verbalizadas?

Mas meu foco nesse momento é outro.
Namorar é um conjunto de sentimentos e ações a dois. E nem sempre são os mais floridos. Há os dias de espinhos. Hoje foi um deles. Sabe quando as coisas confluem para não dar certo? Pois é... Eu sei que me irrito facilmente, gosto de agradar e não faço coisas passando por cima das minhas vontades. aí uma coisa que não se deve fazer num relacionamento: sobrepor o que se quer para fazer o que o outro deseja.

Hoje eu queria escrever mais para extravasar. Sinto que faltam as palavras certas para que eu consiga expressar realmente o que eu gostaria. Mas uma coisa eu sei: fiquei incomodado porque soou como discussão, pela sensação de culpa também e tive uma ligeira vontade de ser menos "mocinha", ou melhor dizendo, sensível. Sei que passa, como todos os problemas (financeiros, familiares, profissionais...).

Para finalizar o meu pseudo desabafo, recebi de um fã um comentário assim: "As borboletas na barriga, não as sentimos sempre". Respondi assim:
"Cabe a nós cultivar o jardim para que elas sempre existam,
mesmo em tempos ruins."
É só um dia atípico... E eu continuo a te amar. Muito!