Hoje eu chorei. De alegria, de raiva. Chorei de tristeza, de felicidade...
O vazio e a plenitude tomaram conta de mim. Pois tento lutar contra e o mundo insiste em investir a favor. É uma liberdade de mãos e pés atados.
Ouvi uma música. Todos os dias, alguma música. Canto para me desencantar e o meu encanto vem com o seu olhar. O semblante, não mais o mesmo, preenche, junto com as lembranças, sua saída fugaz, repentina e gradual.
O que resta são as doces ilusões de um sonho, faces de pessoas desinteressantes. Tornei-me uma delas, desinteressante. Elegante, retorno ao espaço que me conforta, fugindo do pensar.
Prendo-me às palavras confusas que permeiam a folha de papel. Lá fora, a vida continua, sem brilho, presenteada pela beleza da Lua, companheira noturna, vezes cheia, outras pela metade, algumas nula, sem estar totalmente ali. Minha fase é essa, tal qual esmaecida.
Hoje eu chorei de amor...