Há momentos em que a gente só quer chorar.
Faltam forças...
Os gritos que ecoam na cabeça perturbam. Desconstroem e se reconstroem de inúmeras maneiras confusas. As discussões que acontecem no cenário cerebral consigo mesmo são dolorosas. Contudo, a verbalização se dá só na imaginação. A gente internaliza. E isso dói profundamente.
Logo se percebe que o caminhar está lento, muitas curvas sinuosas, alguns retornos talvez. Tem-se sucessos, conquistas mas, por vezes, são subjugados pelo peso do sofrimento. Sofrimento esse que vem de todos os âmbitos, seja profissional, pessoal, amistoso, amoroso... Em qualquer uma de suas vertentes, o ser mistura tudo e desaba(fa) na primeira lacuna, na primeira janela disponível. Volta-se para o interior e reflete os danos. Mais uma vez, estaca zero, nada resolvido e um buraco no peito.
Dor.
Os conflitos decorrentes do cotidiano dilaceram e a gente se perde. Uma infinidade de visões vêm sobre as atitudes e a gente se desestabiliza, tenta rever e chega a canto algum. A gente olha ao redor e enxerga muitos como a gente. E compartilha, e vê outras opiniões, e não encontra soluções. A gente suprime os problemas, se cala. Cita-os, outrora, acreditando na resolução, mas só se percebe que deve aprender a conviver com eles. Pois outros sempre estarão engatilhados para surgirem quando esses forem aparentemente resolvidos (ou engolidos). Os que entalam, sempre voltam, nem sempre de maneira agradável ou aceitável.
A cada novo dia, novas indagações. A gente acorda procurando vivenciar um dia melhor que o anterior. A cada acordar, a gente olha no espelho e espera visualizar uma aparência razoável para encontrar o mundo lá fora. Mas, e no mundo aqui dentro, a gente tem se encontrado?