Serena e luminescente
O silêncio da escuridão confortava-me
Enquanto sentado à beira da tristeza
Turbilhão de pensamentos confusos
Perdidos. Meus devaneios
Os motivos são recorrentes
E as soluções, desumanas
Quero colo, sentir um afago
Vivenciar o carinho de mãos sensíveis
Percebo uma lágrima percorrendo um rosto
O espelho revela um ser maltratado.
Essa fraqueza espiritual vem de novo
Sei que estará me acompanhando sempre
E lá estarei mais uma vez
Sob a luz do luar que me acalenta
O brilho não é seu, de fato
Mas a beleza é, exclusivamente
Amanhã estarei em sua companhia
Levando comigo essas lágrimas
Escorrem pela face fria
Lavam minh'alma enfraquecida
Conferem clareza ao meu olhar
Observando-lhe melhor, observando-me.