domingo, 18 de março de 2012

Adoradores da noite

Hoje deparei-me com a Lua
Serena e luminescente
O silêncio da escuridão confortava-me
Enquanto sentado à beira da tristeza

Turbilhão de pensamentos confusos
Perdidos. Meus devaneios
Os motivos são recorrentes
E as soluções, desumanas

Quero colo, sentir um afago
Vivenciar o carinho de mãos sensíveis
Percebo uma lágrima percorrendo um rosto
O espelho revela um ser maltratado.

Essa fraqueza espiritual vem de novo
Sei que estará me acompanhando sempre
E lá estarei mais uma vez
Sob a luz do luar que me acalenta

O brilho não é seu, de fato
Mas a beleza é, exclusivamente
Amanhã estarei em sua companhia
Levando comigo essas lágrimas

Escorrem pela face fria
Lavam minh'alma enfraquecida
Conferem clareza ao meu olhar
Observando-lhe melhor, observando-me.

domingo, 11 de março de 2012

Em algum lugar distante

Confesso estar debilitado
Envergonho-me de não saber como lidar
Cada segundo soa como um século de martírio
Meu eu clama por aquele mínimo momento de êxtase.

Fico só, não fisicamente
Minhas entranhas rasgam-se em sentimentos
As palavras em mente fluem como sangue jorrante
Procuro mascarar com esse sorriso amarelado.

O brilho da alma está esmaecendo
Faltam-me forças para batalhar
Esses tapas, esses pontapés, deixam-me em prantos
Jogado em qualquer canto de uma sala sombria.

Há esperança, ainda que pequena
Chegará o dia no qual seremos eu e eu mesmo
Autossuficiência causará danos irreversíveis
Absurdamente menores que os que vocês proporcionam.

Vislumbro a calmaria, minha sensatez
Almejando um bem estar contínuo
Eternidade não existe, nem para o bom, nem para o ruim
Mas esse momento asco, nojento, degradante
Suicida-me, ludibria-me, atordoa-me
Longinquamente, avisto um gramado, essa luz
Meu eu clama por aquele mínimo momento de êxtase.

terça-feira, 6 de março de 2012

Desacreditando em minhas verdades

Perdi você.

Sem ao menos saber o que houve.
Sinto um aperto em meu peito...

Dói, e não cessa...

Escuto meus batimentos ecoando.
Vejo o pulsar dessa carne ensanguentada.
E você, ali, no abismo, dependurado por uma veia.
A única que restou, e o que lhe mantém ligado a mim.

Aprendi, com as pessoas, que amigos são para sempre.
Que amores são passageiros...

Em vão.

Descobri, cruelmente, com a vida, que a confiança que depositei em você esvaiu-se subitamente,
em meio a poucas palavras que retumbam em meus tímpanos.

Você se foi. Decepcionei-me, mas não lhe desejo mal.
Quis você pra sempre, trilhamos um caminho juntos. E agora?!
Procure um, dois, quantos lhe forem necessários para saciar essa sua vontade doentia, avassaladora, mas que não lhe completa.

Denota-se tanta fraqueza. E eu estarei ali, sentado diante dos seus olhos, certo de que estará só.
A mim, você não tem mais.
Não como já fomos um dia.
Adeus, boa sorte.

Você me perdeu.

Sensações

Nem pude ver um pouco mais do teu olhar
Tampouco desfrutar o gosto dos teus lábios
Queria sentir o pulsar dos teus batimentos
E o suor escorrendo pela nossa face, coladas.

Mas não foi em vão que parti sem teu abraço
Também não foi por acaso que não dissemos adeus
As lembranças de um momento único
Foram apenas um pequeno passo.

Surpreenda-me com tua timidez
E permitirei ainda mais o meu encanto.

Zelo por ti de longe
E minha mente te aproxima
Na noite escura, anseio por tua presença, em silêncio...

Com a esperança de estarmos, em breve, sentados à praça,
tomando um sorvete e falando sobre a vida. Enfim...