Confesso estar debilitado
Envergonho-me de não saber como lidar
Cada segundo soa como um século de martírio
Meu eu clama por aquele mínimo momento de êxtase.
Fico só, não fisicamente
Minhas entranhas rasgam-se em sentimentos
As palavras em mente fluem como sangue jorrante
Procuro mascarar com esse sorriso amarelado.
O brilho da alma está esmaecendo
Faltam-me forças para batalhar
Esses tapas, esses pontapés, deixam-me em prantos
Jogado em qualquer canto de uma sala sombria.
Há esperança, ainda que pequena
Chegará o dia no qual seremos eu e eu mesmo
Autossuficiência causará danos irreversíveis
Absurdamente menores que os que vocês proporcionam.
Vislumbro a calmaria, minha sensatez
Almejando um bem estar contínuo
Eternidade não existe, nem para o bom, nem para o ruim
Mas esse momento asco, nojento, degradante
Suicida-me, ludibria-me, atordoa-me
Longinquamente, avisto um gramado, essa luz
Meu eu clama por aquele mínimo momento de êxtase.
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