quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Mundo Paralelo

Hoje eu acordei muito bem. E foi diferente. Estagnei-me perante a janela da sala, encantado com o azul do céu. Pude me perder embalado pelo canto dos pássaros, pelo frescor da brisa, pelo aroma das flores na primavera, pelo orvalho emaranhado em meio a folhas esverdeadas...

Fiquei ali a observar as pessoas caminharem em direção a seus compromissos. Algumas passadas mais velozes, denotando certo atraso, outras mais tranquilas, remetendo ao meu ser naquele instante.

Talvez, nesse momento, meu inconsciente tenha dado valor a minha noite de sono. Serena. Calma. Aos poucos, fui percebendo que as peças do quebra cabeças da vida encaixavam-se tão perfeitamente, a ponto de não precisar criar rebuliços que pudessem desencadear um estresse matutino.

Água a ferver, o pó mais escuro, algumas colheres de açúcar... Lá estava eu, novamente na janela. Acompanhado de uma xícara de café e aquele cigarro matinal, deparei-me com um semblante mais ameno dos problemas recorrentes. Meu olhar, inocente como o de uma criança, nem sequer relutou para encarar, naquele instante, que haviam retificações a serem feitas. Eu precisava rever conceitos, caminhar sob outros trilhos, mas abstive disso, momentaneamente.

Acalentei-me no meu recôncavo e adormeci. Vislumbrei um dia maravilhoso em algumas horas de solidão.

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