segunda-feira, 27 de maio de 2013

E se fosse com (contra) você?

Sociedade estereotipada...
É nesse mundo em que vivemos. As pessoas rotulam como produtos, sem ao menos conhecer. Julgam como se fossem "supra sumo", perfeitas, desprovidas de defeitos. Para quê? Provavelmente, para se sentirem como se realmente fossem superiores.

Acabo de ver um vídeo de desabafo de um garoto de 12 anos (DOZE ANOS!), alegando sofrer preconceito virtual e real acerca de sua sexualidade. Muitos de nós já passou por alguma situação constrangedora por ter alguns "atributos" que favorecessem essa rotulação. Eu, por exemplo, não tenho a voz mais rouca, sempre tive mais amigas que amigos, sou um cara muito sensível e emotivo, tenho dois desvios na coluna (que me conferem um traseiro mais avantajado)... E, com todas essas características, não sofri bullying (porque na minha época não existia tal terminologia), mas passei por maus bocados enquanto criança.

É claro que não reclamo; hoje vejo que tudo isso foi necessário para que eu  me preparasse para uma sociedade plena de veneno e maldade. Pude perceber que aquela expressão "nem tudo são flores" faz algum sentido real. As pessoas estão (e sempre estarão) muito mais preocupadas em saber com quem você saiu noite passada do que se o filho delas está se alimentando direito, ou se está sendo uma esposa legal para o marido dela, ou ainda se está tudo bem com o seu próprio trabalho. Elas querem mais, querem viver a vida dos outros, alimentar-se de informações que não lhes pertence. Volto a indagar: Para quê? Será uma fuga dos próprios problemas? Será uma maneira vil de se declarar maior e melhor que os outros?

O pior de tudo isso é que essa preocupação exacerbada com a vida alheia não parece ter propósito de ajudar ou de ser útil. A meu ver, isso só tem o objetivo de machucar, de incomodar, de ferir. É uma batalha na qual quem ganha não tem motivos de comemoração. Vi muitas pessoas me "atacarem", quanto à esse item de avaliação social e, tempos depois, partilharem comigo (quanta ironia!) sobre sua orientação sexual.

Para fechar esse ponto, uma dica: você não ganha nada perguntando sobre intimidades de alguém, mas com certeza perde muita coisa, principalmente credibilidade.

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